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Riquelme

O gigante está morto. O grande, temido e tradicional Boca Juniors está eliminado da Taça Libertadores da América 2009. Atuando na mítica Bombonera, os argentinos perderam para o Defensor, do Uruguai, por 1X0 e deram adeus ao sonho de conquistar pela sétima vez o título sul-americano. Mesmo focado no campeonato nacional, os uruguaios entraram determinados, fizeram uma ótima partida, entraram para a história e eliminaram o maior bicho-papão de títulos da América na última década.

Considerado o principal favorito para a conquista da Libertadores-09, o Boca Juniors entrou em campo com uma linda festa dos fanáticos torcedores na Bombonera. Do jeito que os Xeneizes gostam, jogando muita pressão no adversário, que normalmente treme ao ver o caldeirão ferver. Mas os uruguaios não se importaram com a pressão e nem com a ótima estatística da equipe Xeneize. Fizeram uma partida épica e venceram o Boca, que não perdia a 25 jogos em casa pela Libertadores, com um incrível aproveitamento de 92% nos últimos seis anos pela competição sul-americana. O último time que conseguiu a façanha de bater os temidos argentinos dentro da Bombonera foi o azarão Paysandu, em 2003.

A história se repetiu e mesmo que seja considerada zebra, o Defensor fez por merecer tamanha conquista. O grande êxito da equipe uruguaia foi conter o ímpeto dos argentinos e segurar a pressão nos 20 minutos iniciais. Isso aconteceu graças à brilhante atuação do goleiro Martín Silva, que fez pelo menos quatro boas defesas nesse período. Com a partida estabilizada, o Defensor armou um contra-ataque e abriu o placar. Aos 27 minutos da primeira etapa, o ala Pablo Pintos cruzou da direita, Diego de Souza antecipou a zaga e fuzilou o goleiro Abbondanzieri para abrir o marcador.

Mas o Boca, com toda sua experiência, não se abalou e partiu para cima de novo. O empate por 1X1 daria a classificação aos Xeneizes, já que na partida de ida na semana passada, no Uruguai, o jogo terminou empatado por 2X2. O primeiro tempo terminou com o Boca melhor em campo, mas em todas as finalizações dos argentinos, o goleiro Silva aparecia e defendia. O Defensor soube aproveitar sua única chance e foi para o intervalo com a vantagem.

O técnico Carlos Ischia partiu para o tudo ou nada no começo do segundo tempo. Tirou o lateral esquerdo Morel Rodríguez, o volante Battaglia e o meia Chávez e mandou para o campo um trio mais ofensivo e descansado, formado pelos meias Gaitán e Gracián e pelo atacante Figueroa. Com as substituições, o Boca cresceu no jogo e espremeu o Defensor em seu campo de defesa, mesmo com o trio Riquelme, Palermo e Palacio em noite pouco inspirada. Enquanto o goleiro Silva salvava lá atrás, o Defensor com seu ótimo toque de bola armava alguns contra-ataques perigosos e por muito pouco não aumentou a vantagem. Essa foi a tônica do segundo tempo, uma equipe totalmente ofensiva e desesperada atrás do gol de empate contra um Defensor tranquilo, perfeito nos desarmes e que ainda se arriscava ao ataque com perigo.

O Boca ainda teve a chance de empatar a partida e seguir na Libertadores. No final do jogo, aos 41 minutos, após boa triangulação pela direita, a bola foi alçada para a área e Gracián mandou de voleio para o gol. Mas o dia era mesmo do goleiro Martín Silva, que defendeu mais uma e colocou o Defensor nas quartas-de-final da Libertadores. Não precisa de muito para afirmar que foi a partida mais importante da história do clube uruguaio. Eliminar o Boca Juniors dentro de La Bombonera na Libertadores é coisa para poucos, bem poucos times. O Defensor segue em busca do seu primeiro título na competição e na próxima fase enfrentará outra equipe argentina, dessa vez o Estudiantes de La Plata.

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